2 de mai. de 2011
Trabalhe suas fotos online: Pho.to
31 de jul. de 2010
E de vários pedaços... Não fiz poesia
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Rezo meias palavras descartáveis... Como e vomito, indigestão do carvão de casca podre e aço nas mãos. Conjunto de renascer. ***
Quem escreve exerce o desapego. Poesia é escrita para vestir os outros. Pode ter sido escrita para ser casaco e quando menos se espera é transformada em um inusitado sapato. Nunca se sabe como a poesia vai vestir e quem vai usar.
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Alguns chamam de rancor, não esquecer das pessoas e fatos que já fizeram algum estrago na vida, eu chamo de autopreservação.
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Posso lavar toda a louça do mundo... Que quando a poesia não está pronta, não nasce. A desgraça completa é que guardo todos os rascunhos das poesias e boa parte das vezes, ficam no rascunho. Não arrisco a linha, tenho medo da margem expulsar.
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As pessoas deveriam ser transparentes para facilitar a visão.
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Alguns levam segundos para escrever, outros horas e dias. Diversas pessoas ficam felizes ao escrever e outras sofrem. Tranquilamente sou a favor do sofrimento para escrever... Ferve a mão, atiça a testa e respinga no papel ( apesar de hoje em dia eu usar muito mais o computador.)
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Defender o indefensável, deletar o indeletável, apontar o dedo para ser quebrado.
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Enquanto não encontro meu ponto de equilíbrio ou a linha de confronto certa para poetar, sigo escrevendo em linhas. Sem rima com rima...
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Poeta não chora... Derrete em rio e invade o sal.
20 de jun. de 2009
Suicida - Um conto

Revisita ao conto: Suicida
Um dia quente realmente muito quente.
Na mesa do café da manhã, ao lado das contas a pagar, sua carta de demissão. Sobre esse calhamaço, uma nota simples: "Cansei de viver. Desculpem-me pela covardia."
Resolveu se matar na noite anterior, após o jantar. Ela, que era seu ponto de equilíbrio jogou a aliança dentro de sua taça de vinho, dizendo simplesmente que amava a outro. Fazer o quê? Partiu deixando a chave e levando sua vida.
Pensou a noite toda na melhor maneira de se matar. Passou pelo enforcamento, pelo envenenamento e pelo tiro. Mas o medo de errar e ficar vivo e sequelado lhe fez desistir dessas idéias.
A melhor opção então, seria se atirar do alto do prédio onde trabalhara por tantos anos. Com seus 30 andares, não haveria nem tempo de alguém lhe prestar socorro. Pá, pum. Sem problemas futuros.
Subiu ao topo, deu uma última olhada ao horizonte poluído da cidade, sua cidade com quem tivera tantos amores e desentendimentos. E saltou...
Parecia um sonho irreal. Tanto tempo fazia que estivesse caindo, e mesmo assim não havia passado ainda pelas janelas do último andar. Uma queda em câmera lenta...
Quando finalmente passou pelo vigésimo - nono andar viu seu pai à janela. Seu pai, que fora seu ídolo até sua morte, aos 42 anos. Uma morte que desestabilizou a família e fez com que sua mãe fizesse das tripas o coração para poder manter seus três filhos. Hoje, todos formados, ela vive confortavelmente instalada, com todos os mimos possíveis. "Esqueci de escrever para ela"- lembrou-se, tarde infelizmente.
Deu um até breve para seu pai. Era bom saber que ele estava por ali, aguardando por ele.
A queda agora parecia mais rápida e, ao passar pelo vigésimo andar, da janela notou uma multidão lhe chamando. Amigos que ele estava deixando para trás. A turma do futebol e da cerveja. Os colegas de escritório. Uns, a quem ele não era muito chegado, aplaudiam sua atitude. Outros, os amigos mesmo, choravam como se estivesse já morto.
Dali para frente, a cada andar que passava, mais rápida sua queda parecia. Em cada andar, um conhecido ou uma imagem de si próprio, como memórias, mas vividas. Era como se cada segundo fosse uma eternidade, onde ele podia ver sua vida refletida em vidros de janelas.
Ao chegar ao primeiro andar, o último antes do contato com o duro concreto da calçada, viu sua amada. Aquela mesma que ontem lhe disse que não o queria mais. Seus olhares se cruzaram e ele viu o horror estampado em seu rosto: "Sim, você é a causa disto"- disse. Foi a única vez que lhe deu vontade de chorar e gritar de ódio, de impotência.
O baque surdo que desmanchou seu corpo em fragmentos que nunca mais seriam um todo foi indolor. A única sensação foi de tristeza, pois da boca de sua amada ainda pode ouvir, distintamente: "Eu ainda te amo..."
- Conto de autoria de David Nóbrega , do livro Uns & Outros
* A fotografia do post é de autoria de David Nobrega e participou da exposição: Porto Alegre: Imagem e Poesia no centro cultural Erico Verissimo em Porto Alegre.
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Revisita, significa tornar a visitar... E é isso que estamos fazendo antes de lançar nossos próximos livros. Revisitando, relendo.
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16 de fev. de 2009
12 de fev. de 2009
Ahhh, essa tal Madonna...
Nos anos 80 lança-perfume Universitário, tênis poli-color, vodka com Optalidon, calça laranja, cerveja com sal e camisa verde limão eram "da hora".
Na música, surgiu Madonna. Assim:

Hoje, Madonna é uma senhora cinquentona. Mudou o jeito de cantar e de (graças ao bom Deus) vestir.
Em um ensaio na W Magazine, ela faz parceria com um modelo brasileiro, de nome...Jesus Pinto da Luz!
Ela, Madonna, manda bem ainda. Mas pô...como escolheram esse cara? As fotos sensuais seriam feitas no escuro?

Mais fotos podem ser acessadas nesta galeria do Bloger Lerina, do Jornal Zero Hora.
Os anos 80 ficaram prá tras. Mas a Madonna...
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Pelo impacto que o acordo ortográfico dos países lusófonos vem causando, parece que todos os problemas de falta de conhecimento e domínio da língua portuguesa estão resolvidos. A repercussão, no entanto, é muito mais emotiva do que racional. Se alguém não cultiva o hábito de ler e (continua aqui)
10 de fev. de 2009

8 de fev. de 2009

Pessoas, o blog da editora está funcionando a toda, assim como o site.
Passem lá, tomem um cafezinho, dêem seus pitacos.
Os links estão aí abaixo.
(* a imagem acima foi feita em um de nossos cafés da tarde - preto e forte - no Quiosque, em Santa Cruz)