31 de jul. de 2010

E de vários pedaços... Não fiz poesia

Tem dias que a cabeça não cria o final e nem o meio. É o limbo criativo, ressaca literária que impede versos e finais. Dizem uns que um poema nunca acaba, outros que precisa de final, título, assunto, inspiração, falta de inspiração... Enfim o que sei é que escrevo várias frases, rimadas ou não e termino depois. Não aceito sugestão nesse momento, o poema é  do autor depois de escrito é de todos... Mas reservo o direito de tomar posse do poema ao menos durante a criação.
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Rezo meias palavras descartáveis... Como e vomito, indigestão do carvão de casca podre e aço nas mãos. Conjunto de renascer. ***
Quem escreve exerce o desapego. Poesia é escrita para vestir os outros. Pode ter sido escrita para ser casaco e quando menos se espera é transformada em um inusitado sapato. Nunca se sabe como a poesia vai vestir e quem vai usar.
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Alguns chamam de rancor, não esquecer das pessoas e fatos que já fizeram algum estrago na vida, eu chamo de autopreservação.
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Posso lavar toda a louça do mundo... Que quando a poesia não está pronta, não nasce. A desgraça completa é que guardo todos os rascunhos das poesias e boa parte das vezes, ficam no rascunho. Não arrisco a linha, tenho medo da margem expulsar.
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As pessoas deveriam ser transparentes para facilitar a visão.
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Alguns levam segundos para escrever, outros horas e dias. Diversas pessoas ficam felizes ao escrever e outras sofrem. Tranquilamente sou a favor do sofrimento para escrever... Ferve a mão, atiça a testa e respinga no papel ( apesar de hoje em dia eu usar muito mais o computador.)
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Defender o indefensável, deletar o indeletável, apontar o dedo para ser quebrado.
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Enquanto não encontro meu ponto de equilíbrio ou a linha de confronto certa para poetar, sigo escrevendo em linhas. Sem rima com rima...
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Poeta não chora... Derrete em rio e invade o sal.

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