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19 de mai. de 2010

Calma cara-pálida...

Acabaram de votar no Senado o Projeto Ficha Limpa, onde na realidade muito pouca coisa muda. É claro que em vista da baderna que estava antes, um ou outro com condenação sem recurso pode até ficar de fora, mas sempre haverá brecha possível.

 Comemoro a votação e sua aprovação por unanimidade (76 votos a favor, sem abstenções), mas gostaria de comentar algumas coisinhas:

1) O foro privilegiado continua: Independente se o eleito tem boa ficha pregressa à sua eleição, depois de lá estar já eleito, tem a permissão para ser um falcatrua. Limpar a ficha, como devem saber, não é difícil. Depende só de quanto dinheiro você tenha para poder contratar um advogado de bom calibre;

2) Não existe mais fidelidade partidária: Oras, se todos os Senadores aprovaram o Ficha Limpa, algo deve estar muito além de minha parca compreensão. Lembram da bagunça gerada por esse projeto lá na Câmara?  Lembram que PP, PMDB e PR (mais uns nanicos indignos de menção) foram contrários à votação? Como os Senadores desses partidos votaram a favor? Medo do clamor popular? Duvido, mas é até possível. É mais provável que existam menos Senadores que Deputados com a ficha suja. Só isso;

3)  Duas Casas: Me digam, por favor, qual a utilidade em termos práticos da existência de Duas Casas no Congresso Nacional? Lá na Inglaterra ainda há o fator histórico: Casa dos Comuns e Câmara dos Lordes. Mas aqui? A única diferença real e palpável é que no Senado o Simon e outros criaram raízes eternas, ganhando salários astronômicos, enquanto cochilam em fofas poltronas de couro;

4) Legislativo dependente: Agora o Ficha Limpa vai às mãos do cara, Lula da Silva. Isso quando ele resolver tirar uma férias e despachar no Planalto. Os inflamados Senadores hoje disseram várias vezes do "clamor popular" relativo ao projeto. Mas depende de sanção presidencial, o que não necessariamente ocorrerá, principalmente se não quiserem que esse projeto entre em vigor para as eleições deste ano. Se o projeto já foi votado em duas Casas, a sanção não deveria ser automática? Afinal, Legislativo faz leis...Excutivo executa leis. Ou estou errado?

Na prática pouca coisa muda. Não fiquem muito alegrinhos porque muita sujeira ainda acontecerá.


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22 de abr. de 2010

A Lei dos 100%

Hoje em dia e a cada novo dia uma atitude pouco generosa se manifesta através dos mais diferentes meios de comuncação, sejm midiáticos ou cotidianos, entre nossas relações pessoais: o está comigo ou contra mim.


  • Se você pender para o lado Serra nas próximas eleições, é totalmente contra, sem restrições ou atenuações, à candidata governista.
  • Católicos detém a verdade sobre a fé, enquanto muçulmanos são terroristas, sem lembrar que se Jesus Cristo não desse "margem de erro" à religião dominante, seriam hoje todos os cristãos, judeus.
  • Colorados limpam chão com a camiseta do Grêmio, dado pela madrinha ao garotinho que nem tem a opção de escolha ainda, mas que pais zelosos firmam posição de que seja já anti-tricolor.


Já comentei antes por aí que faltam as devidas nuances de cinza em nossas decisões. Em nenhum momento de nossa vida deveria ser permitido a hipócrita decisão polarizada entre o bem e o mal, o preto e o branco, o negativo e o positivo.


Uma verdade que nos chega por meio da ciência da Física: Os opostos se atraem. Sendo assim, de que adianta tomarmos decisões radicais, se exatamente essas decisões atrairão opiniões divergentes na mesma intensidade da opção firmada com tanta razão e certeza por você?


A lei dos 100% não falha e é totalmente comprometedora. Não dá margem a ajustes futuros. Deixa suas atitudes engessadas sob a bandeira empunhada e, venhamos e convenhamos, já foram tantas as bandeiras que caíram por terra que é óbvio que a sua cairá também. A história é cíclica e todos os padrões impostos por ela vão e voltam ao bel-prazer caprichoso da sociedade dominante a cada época de nossa civilização.


Eu já fiz minha opção política. Mas não dou a meu candidato a certeza de que o que ele fizer estará bem feito. Quero o benefício da dúvida. Quero ter espaço suficiente para o jogo de cintura que permita-me eventuais mudanças de opinião ou de atitude.


Se as cores da paleta do artista fossem racistas e evitassem a todo custo a mistura entre si, teríamos um mundo enfadonho em 3 ou 4 cores. Grandes obras do homem seriam relegadas à imaginação de poucos, capazes de misturar, mexer e quem sabe, fazer o rebolation.





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11 de abr. de 2010

Porque não

Hoje, no Twitter, foi comemorado o lançamento do perfil de dona Dilma. Dizem as más línguas que é ela mesma quem escreve. Não vou colocar aqui o endereço por motivos mais do que óbvios, mas é interessante que alguém que tenha aberto um perfil às, digamos, 17:00, chegue às 18:00 com 4.000 seguidores. Estranho, no mínimo...

 Deixemos isso de lado. Não me interessa o que a trupe semi-nerd que move a tecnologia planaltina faz ou deixa de fazer. Eu só pago, não é mesmo?

Depois de declarar no poste anterior que Serrei, vou esclarecer  porque não "Dilmei" :

1) Não conheço a senhora Dilma Roussef . Ah sim, ela era Ministra da Casa Civil, o que vale dizer que em tempos normais de governo sempre significou bastidor, não vitrine. Dona Dilma chegou ao Ministério depois da queda de outra pessoa importante em seu partido, o Sr. José Dirceu, que proclama até hoje ser inocente de quaisquer acusações feitas contra ele e seu bando. Tão inocente que não está mais fazendo parte dos quadros palacianos. Sei também do passado de Dona Dilma, que pode ser lido e relido à exaustão em vários links disponíveis em sua internet. Mesmo assim, não conheço Dona Dilma, nem sei do que ela é capaz.

2) Dona Dilma nunca foi eleita a nada, logo não sei o que faria com o poder concedido aos que já passaram antes pelo teste da urna. Não concordo em dar foro privilegiado, casa e comida de graça a alguém que conheço, muito menos a quem desconheço ou que saiba algo simplesmente por "ouvir" dizer. Logo, por desconhecer Dona Dilma, não lhe concederei meu voto, eleitoral ou de confiança.

3) Elegendo Dona Dilma, estaria eu, do alto de meus 40 e tantos anos, elegendo outros que jamais votaria: Collor, Sarney, Dirceu, Genoíno, Delfim, Maluf e tantos outros, além do onipresente hoje presidente. Mesmo que estes senhores (além daquela senhora bailarina, lembram?) não se elejam de maneira direta, serão convocados, já que apóiam -- e seus partidos irão, claro,  cobrar por isso -- à candidatura chapa branca. Quase tivemos o retorno de Sarney à presidência hoje, domingo, 11/04/2010. Imaginem o que mais poderá acontecer? Não os quero de volta ao governo, logo Dona Dilma, minha ilustre desconhecida, não terá meu voto.

4) Não gosto do senhor presidente Luis Inácio Lula da Silva. Nunca gostei e jamais votaria nele, nem que disputasse eleição de síndico contra o Gabeira, por exemplo. Logo, não querendo a perpetuação desse personagem na história de meu país, não votaria em Dona Dilma que, ora levada pelas mãos, ora carregada nas costas, foi escolhida como sua candidata. Como até hoje Dona Dilma encontra-se escorada em seu patrão, não sei se as atitudes tomadas por ela são próprias ou "assopradas", assim desconheço o que Dona Dilma é capaz de fazer.

Essa é a síntese (sim, sim...é apenas um resumo) do que penso da candidata do Governo à Presidência da República e de meus motivos em não votar em alguém que me é completamente estranha.

Sinto pena dos velhos caciques petistas, engolidos pelo lulismo, que além de perderem seu partido, viram desviarem-se a ideologia e a diferença que tanto acreditavam ser possuidores.

O lulismo já conseguiu o que queria. Já há caixa suficiente para vários anos. Agora, por favor, peguem a malinha e vão morar na ilha do Castrismo ou nos desertos irananos.






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