Eu quero o tudo que tenho direito, não quero pouco. Não quero pouco, porque ninguém no mundo tem direito ao pouco... Ao médio. Não me contento com meias palavras, meio beijo, meio abraço, meio qualquer coisa. Gosto do inteiro. As partes nem sempre formam o todo... O todo é tudo... É tudo ou nada!
E se me convidam para briga ando sempre disposta, armo os dentes faço esgrima com o lápis. Não canso, não danço no meio fio, não marco bobeira nem finjo que sou idiota.
Faço rebelião quando me vejo enquadrada, sem saída... Porque não fico chorando no canto esperando salvação. Armo barraco mental quando entendo tão pouco das desculpas esfarrapas e dos sorrisos amarelos dizendo um não.
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Eu leio de tudo, leio o mundo. Meu livro de cabeceira não é a Bíblia porque tenho uma pilha: de histórias contadas, criadas, inventadas que os loucos escreveram. Porque todo escritor é louco, maluco de jogar pedra nos pés e acertar no coração. Todo poeta é viajante... Do dia dos outros, da pintura que usa para falar a verdade e dispor de tão pouco do seu eu, para falar que é seu.
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E a gente quer o mundo porque pensa que ele é grande! A gente quer o mundo porque ainda não leu do Universo! Queremos o tudo que temos, somos o mundo. Estamos no aquário, emparedados pela visão.
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