5 de jun. de 2010

roupas no varal

Em uma pobre casa de tábuas
A tinta que a cobria pelo sol queimada,
Gretada e com frestas escuras
Que davam à miséria interna
A visão de uma tarde ensolarada
Lá fora, a vida pulula em lençóis brancos
Um muro de limpeza, a presença da cor
Estendidos lado a lado com tantos outras
Roupas ao vento, com seu cheiro de flor.

Vidas se mostram ali, naquele arco-íris
Sustentado por arame retilínio
Um contraste claro, óbvio
A pobreza é monetária
Os cuidados maternos, eternos

E ao cair da noite lá estarão
Sentados em reunião
Os pratos cheios de quase nada
Sobre a limpa toalha bordada,
De outra mãe herdada.

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