22 de jan. de 2010

Tirania, Ditadura ou apenas bom-mocismo?

Há muito tempo, principalmente através do twitter, tenho escrito que vivenciamos uma Ditadura Branca, velada e cada mais vez mais enraizada em nossa sociedade. Procurando pelo termo no Google, encontrei muitos que assim também pensam, o que me diz que não estou tão errado quanto determinados membros da virtualidade nacional acreditam.


 


A Ditadura Branca caracteriza-se pela ascensão do povo ao poder. A Humanidade passou por isso na Revolução Francesa, quando Robespierre (advogado levado ao poder pelas mãos da revolução) assinava execuções como se fossem trivialidades, numa época conhecida como Grande Terror. Passamos já por isso com Hitler, um cabo desmiolado que virou Chanceler, com seus discursos inflamados e midiaticos. Passamos por isso em vários e diferentes momentos, principalmente na América Latina, com seu tão conhecido populismo burlesco.


 


No Brasil de hoje, quem agarra o osso tem uma dificuldade enorme em soltá-lo ou reparti-lo com seus pares: o povo. O PT, um partido orientado pela ética, hoje é o grande ditador branco, que nunca chegará a ser um déspota esclarecido. O PT, corrompido pelo lulismo e mal acostumado aos poderes de um imenso colarinho branco, tingiu-se em cores outras que não o verde, o amarelo, o azul e o branco.


 


Lula, o sindicalista aposentado várias vezes sem direito (aqueles que acreditam que a perda do quinto quirodáctilo é motivo de aposentadoria, informe-se com qualquer médico do trabalho), hoje é membro da burguesia que tanto combateu em seus tempos de greves e piquetes. Não só ele, mas como é o gerente desta coisa Brasil, torna-se o único responsável de fato.


 


O povo chega ao poder. Durante determinado tempo, as ações do governo popular são diretamente relacionadas ao bem-estar deste. Porém, o poder corrompe e a cama, tornando-se macia e aprazível, é cada dia mais convidativa. Pois que assim, aqueles eleitos pelo povo e para o povo, transforma-se em membros permanentes da elite antes combatida. E deitam-se em suas camas, armadas sobre o faustoso cofre de nosso país.


 


O Luis Inacio de hoje não veste mais o macacão, mas sim ternos italianos sob medida. Não bebe mais cachaça, porém é sempre aberto a um bom vinho destinado a poucos. Fecha os olhos às agruras pelas quais o povo brasileiro passa em virtude de calamidades naturais, mas na vitrine internacional, o Haiti é logo ali. Fala em Humanitarismo com seu decretado PNDH fedendo ao autoritarismo. Fala em empregos com o FAT no vermelho. Fala de um tal PAC, sem que nenhuma obra tenha realmente chegado ao fim.


 


Estamos em ano eleitoral. Estudem o passado, para entender o presente e fazer acontecer o futuro. O Brasil não é mais o pais do futuro, mas sim aquele que perdeu o bonde da história, por mais que os estrangeiros (cada vez menos, diga-se) considerem que o gerente seja "o cara".

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