Do amor, do estupro, da proveta
Nasce mais uma vida imperfeita
Cresce, gera, consome, mata, gasta
Inútil, rasteja
A vida bate, cobra, pune, afaga
Explode em cores desmaiadas
Faz valer a prepotência armada
Primeira a morrer, a pessoa amada
Vilania em flor digerível
O amor mentiroso, defecável
Retidão em serventia ao mentecapto
Mãos buscando prazer insensato
Pobres almas de serventia duvidosa
Calando seus despropósitos de propósito
Amargam esta passagem, semi-vida
Consentindo que lhe façam manobras
A morte lhes cai bem
Grande honra e tributo
A uma vida em branco, inútil
Recompensa em caixão bruto
Morte aos sem-vida
Aqueles que a tudo permitem
Que adulam os que lhes omitem
Que beijam aos que lhes agridem
Um beijo, só um que fosse
Lhes salvaria o destino selado
Aquele que dos Infernos brada
A espada e a garganta cortada
Mentiras de entes inexistentes
Inexistentes amores tangíveis
Tangíveis infelicidades vividas
Vividas em extremas mentiras.
A morte lhes cai bem
E ao barqueiro não pagará vintém
Que lhe atravesse a alma insignificante
À recompensa de uma última morada.
4 de dez. de 2009
Recompensa
Mataram a bio... Jamais morreu
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