Muito se tem falado cá neste humilde blog a respeito de relações biológicas entre os seres humanos de diferentes pares genéticos.
Nós quatro – id, ego, alter-ego e o conjunto final – somos da opinião de que as diferenças quanto a postura, conduta e posição assumida durante o coito (e, vá lá, quanto à maneira como se encara a vida) é fundamental para que um reles XY queira realmente ficar com uma esplendorosa XX pela qual sente-se atraído.
Nós quatro também gostamos de ler o que nossa parceira XX tem escrito e concordamos que ela possa até ter razão em suas teorias da conspiração, embora nossa concordância seja praxis.
Quando os primeiros indícios de um texto condimentado de sarcasmo e crítica desponta em nosso horizonte matrimonial, faço o que todo humilde XY de bom coração e ternamente apaixonado faz: me finjo de morto. É mais saudável e corre-se menor risco em que panelas voem ou que greves se instaurem.
Ontem, por exemplo, estava eu escrevendo uma resposta à altura das críticas recebidas – mesmo que enviesadas – com uma papagaia de pirata sobre meus ombros, buscando furos em minhas respostas. Acontece então que foi melhor deixar de lado e continuar calado. Sou uma pessoa moderada, mesmo quando a vara é curta e a patada seria certeira. Mas para que criar um clima tenso?
Então, aproveitando que a amada encontra-se em seu sono de beleza matutino, encabeço a lista dos acoçados membros do Clube XY, respondendo assim às farpas lançadas contra nosso cromossomo sofrido:
1)Não somos esquecidos nem cegos:
Mulheres, pessoas doravante denominadas como “XX”, precisam entender duas coisas básicas, sendo a primeira motivo de tantas “teorias” furadas. Homens, ou “XY” se preferem, são seres que tem o costume de deixar determinados objetos em determinados locais de seu conhecimento. Oras, se existe aquele bagulho dado pela tia chata na parede para que ali se pendurem chaves, significa que ali estariam as chaves, pois não? NÃO! Aquilo é enfeite e se você “XY” o utiliza, está errado. Chaves ficam em cima da mesa, no sofá, dentro da bolsa (Dicionário: bolsa feminina/ do latim absurdus profundos – local onde está tudo que não se acha em casa).
O segundo item essencial é que não adianta tentar nos levar à loucura, trocando nossas cuecas de gaveta. “Arrumei”, dirá a saltitante “XX”. “Escondeu”, direi eu.
2)Bunda é bunda:
Não adianta. Sou (somos todos, acredito eu?) um observador de tudo e todos, mas tenho lá minhas preferências. As bundas passantes me atraem e sempre tenho avaliar se “confere”ou “não confere” com o catálogo mental das bundas conhecidas/a conhecer/desconhecidas. Quantas vezes, você amigo “XY”, não pensou: “Conheço aquela bunda”, enquanto ao balançar do andar a raimunda que do rosto você nada sabe se distanciava? É fato e não sou mentiroso nem hipócrita. Vinde a mim as bundazinhas, diria aquele outro que não assiste Special Victims Unit.
3)Somos gente, sabe?
Não somos máquinas destinadas simplesmente a ser um instrumento de prazer. Se pedimos um café ou uma breja, é por razão de nossa sensibilidade em fazer com que se sintam úteis, 24 horas por dia. Imagina se não pedíssemos nada? Não seria pior? Certas “XX” reclamam sentirem-se objeto. Pois eu vos digo, ó amadas cheias de curvas traiçoeiras, que é servindo que serás servida! É dando que se engravida! É tendo dor de cabeça que serás corna! Façam cafuné, massagem no pé e sirvam o café. Depois, em horas mortas de nossas madrugadas pálidas, serás recompensada.
4)Não temos TPM:
Mas somos gente. Temos o igual direito de nos sentirmos frustrados, de saco cheio, irritados lá de vez em quando. E bem menos frequentemente que a santa, sagrada e idolatrada TPM, essa desculpa mensal para soltar a franga. Como diria o Bush “Em dias de TPM, Iraq, there we go!”.
Creio ter passado a limpo determinados pontos obscuros e questionáveis na furada teoria exposta anteriormente. Aceito sugestões e críticas, desde que não sejam plausíveis “com aqueles dias”.
“XY” do mundo, uni-vos. Mas de longe.
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