Ontem, ao ser divulgada a morte de Osama Bin Laden, eu estava no Twitter. Acostumado a perder o amigo mas não deixar a piada de lado, obviamente que não poderia deixar passar essa. Assim como eu, vários 'saudaram' a morte de Osama como um fato benéfico para a sociedade mundial, que faria com que de agora em diante, Dorothy reinaria sobre a Terra Mágica de Oz e nunca mais a Bruxa do Leste faria das suas.
Mas eu também tenho outro péssimo hábito: ser estraga-prazeres.
A morte de Osama não refreará a guerra contra o terrorismo, muito pelo contrário; criou-se um mártir para sua facção e de agora em diante, com Copa do Mundo e Olimpíada a serem realizadas em nosso território, garanto que fico assim.. com o cu na mão.
Após a morte de Bin Laden ser tornada pública, qual foi a primeira atitude estadunidense? Colocar todos os seus serviços de embaixada, fronteira e afins em prontidão máxima. Eles sabem o perigo que correm, agora que o mito se misturará à realidade, fato muito comum a todos os mártires.
Estadunidenses praticavam tiro ao alvo em cavernas e pequenas aldeias do mundo árabe, buscando atingir Osama. Osama, por sua vez, estava confortavelmente instalado em um casarão com TV a cabo e 40 mulheres-esposas. Uma covardia de Osama, ver o povo que ele dizia querer defender ser morto por bombas destinadas a ele, calado, escondido em seu refúgio paraíso.
Obama já está sendo cobrado, horas após ser saudado. Os Estados Unidos agora não tem mais nada a fazer no Oriente Médio. sairá? Não, não sairá, porque nem precisamos do Wikileakes para nos fazer ver que o que interessa realmente, a todos os envolvidos, é dinheiro em forma de petróleo.
"Vingança", diz Obama. "Punição", digo eu. Os EUA puniram Osama pelo atentado, porém o que gerou esse ato bárbaro? Nós, Ocidentais, temos uma dificuldade imensa em entender culturas diferentes da nossa, principalmente quando se tem em jogo o extremismo religioso que leva homens e mulheres à explosão, monges a atearem fogos a seus corpos em protesto, ao grito tribal a cada funeral árabe.
Nós somos jovens, em relação a eles. Civilações do Oriente tem muito mais História que nossos parcos 500 e poucos anos. Eles, muito mais do que nós, sabem o que é dor, horror, vingança, punição e retaliação. E fé, inclusive.
Não sou antiamericano, não sou anti-árabe nem mesmo anti-petista, Assim jamais culparia Obama pelas guerras nas quais seu país já se envolveu, nem jamais me verão dizer que árabes são subdesenvolvidos morais e muito menos que os petistas... Bom, deixem os petistas para lá, porque agora mesmo acabo de ver um militante dizendo que tinham que matar o Obama também. E aí que entra o 's' da questão... Entre um Osama, chefe de uma quadrilha chamada Al-Qaeda e um Obama, Chefe-de-Estado da Nação mais poderosa do mundo, fico com o segundo...
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