7 de mar. de 2011

Nós, bigornas


                Uma definição:

(de.mo.cra.ci.a)



sf.

  1  Pol.  Governo em que o povo exerce a soberania; governo popular.

  2  Pol.  Sistema ou regime que se baseia na ideia da soberania popular e na distribuição equilibrada do poder, e que se caracteriza pelo direito ao voto, pela divisão dos poderes e pelo controle dos meios de decisão e execução.

  3  País que tem regime democrático.

  4  Partido ou grupo político comprometido com os ideais da democracia.

  5  Fig.  Igualdade política e social.

  6  O pensamento ou a prática democrata



 [F.: Do gr. demokratía, as; ver dem(o)- e -cracia.]



Democracia autoritária  

1   Pol.  Forma de governo que surgiu após a Primeira Guerra Mundial, baseado na preponderância do poder executivo sobre os demais. 



Democracia direta  

1   Pol.  Sistema político democrático no qual as decisões são tomadas diretamente pelo povo, e não por representantes eleitos ou por delegação de poder. Era o sistema de algumas cidades-estados da Grécia antiga e de algumas pequenas sociedades contemporâneas, como o kibutz israelense.] 



Democracia popular  

1   Pol.  Designação dos regimes políticos centralizados e monopartidários dos países socialistas da segunda metade do séc. XX.  

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A democracia, ou seja, na origem grega da palavra, a ' autoridade do povo', foi primeiro implementada na Grécia antiga, e, com menos duração, em Roma. É a partir do século XVII que se formulam os princípios da democracia moderna, e ela ganha força com a Revolução Francesa e no primeiro Estado democrático moderno, os Estados Unidos da América. No Brasil, afora dois períodos em que não foi exercida com sistema de representação direta (1937-1945, 1964-1985), a partir da independência a democracia se consolidou como princípio e como realidade, dizendo o artigo 1o da Constituição de1988:"Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos, ou diretamente, nos termos desta Constituição."

(dicionário Aulete Digital)


           
                Tudo muito bonito, não acham?
                Ando pendendo para o lado subversivo, acreditando piamente de que o poder emanado pelo povo anda capenga. Estas últimas eleições foram a prova disso, com a eleição de palhaços, cantores, jogadores de futebol e alguns desocupados para cargos legislativos. O motivo de um Tiririca ser o mais votado no Brasil só pode ser aquela piada infame contada em bares sujinhos, disfarçada de "voto de protesto". Agora o semi-pré-alfabetizado é membro da Comissão de EDUCAÇÃO!
                Já que existem esses idiotizados que fazem "voto de protesto", penso cá com meus botões que posso optar pela "tirania de protesto". Vamos escolher um déspota esclarecido e nomeá-lo com todos os Poderes. De uma canetada, esse meu déspota acabaria com a hipocrisia que são as Duas Casas do Legislativo. Com outra canetada, fim desse ensino medíocre, fazendo com que professores voltem às canetas vermelhas, aos zeros e à repetência dos que não tem condições de encarar um novo ano, em uma nova série. Fim do foro privilegiado, do serviço militar obrigatório, do voto obrigatório, do descaso compulsivo.
                Essa tal Democracia, confundida com o Capitalismo e todos os seus males (como se o socialismo ou o marxismo fossem a alternativa, pobres imbecilizados de carteirinha vermelha...) é a prova a má qualidade do poder emanado pelo povo. O povo é ignorante, já que não ensinado a questionar e sim a aceitar. Há um ditado se não me engano da Camorra que diz "Se você nasceu para ser malho, bata. Porém, se nasceu para bigorna, apanhe sem reclamar". Nosso povo é bigorna, nossos políticos idem, porém investidos no papel de malho fazem de nosso povo outra piada de sujinho.
                Como disse no último editorial da Revista Cultural Novitas, aceito mudanças de opinião. As minhas, ao menos.  Vejam como as coisas são difíceis em um país de ignorantes:  Dona Dilma, no mais alto posto do Executivo tem mandado bem. Tecnicista, vaza para a imprensa o rombo causado pelo lulismo demagógico, dando assim chance de que não lhe cobrem o impossível de consertar o pais. Notem bem: não votei em dona Dilma e não sou petista, mas até o momento nada contra – palmas para a Ministra Ana de Hollanda, desmontando os aparatos lulistas de seu Ministério. O que fazem os órfãos desempregados do lulismo? Batem na presidenta, por ser ela alguém que pensa antes de falar/fazer, contrariamente aos modos de seu antecessor, demagogicamente aberto às asneiras cotidianas.

                Acha que eu estou errado? Democraticamente, posso ter a opinião que eu quiser. Demagogicamente, posso lhe permitir a opinião que lhe convier. Tiranicamente, pouco me importa.
                Educação e cultura, fora da cartilha e contrária a um "pensamento único", em voga nestes nossos últimas dias. Pois quem pensa em unicidade, pensa em tirania e se for assim, prefiro meu modelo.