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Buracos negros são regiões do espaço de onde nada escapa.
Nem luz e pode-se afirmar que nem pensamento, já que se um ser pensante ai
adentrasse, seria achatado pelo imenso peso da gravidade. Por mais que sejam
teóricos, já que como foi dito nada dali escapa -- quanto mais um cientista da
NASA que de sua cadeira desvenda o Universo e nos inunda de dúvidas --, tenho
comigo que existam indivíduos capazes de simularem buracos negros, aqui, entre
nós, pobres terráqueos.
Você nunca notou que certas pessoas de sua convivência muitas
vezes sugam tudo que você produz? Basta aquela ideia espetacular aparecer em
sua mente e lá está aquele buraco negro em forma humana, aprisionando essa sua
pequenina luz como se fosse dele. A
única diferença com os tais lá do espaço, é que esses orbitam você, e não você
a eles. A necessidade vampiresca em se alimentar de sua inteligência o faz um
acessório constante, um enfeite de penteado ou uma flor de lapela, coisas em
desuso e hoje um tanto estranhas, mas que sempre tem alguém que use, mesmo
criando certa estranheza naqueles que o conhecem. Deslocado, mas vá lá, nada
assim tão despropositado.
Esses seres sem luz própria são inteligentes também, só que de
sua própria maneira. Coexistem com o erro e o acerto de maneira que na média
acabe por se parecer aquilo que não seriam jamais, caso você não existisse: um espelho seu, com o reflexo quase exato de
suas ações e atitudes. Seu gêmeo um minuto atrasado quando se trata em pensar,
um segundo mais rápido, na hora de agir. Tem que ser assim, pois de que
adiantaria aquele seu projeto na gaveta? O seu buraco negro particular
aproveita sua ida ao cafezinho – aquele cafezinho para limpar a garganta, antes
de apresentar ao chefe sua ideia -- e copia os pontos principais, manipulando
para parecer de lavra própria, saindo correndo de sua mesa a caminho da diretoria, onde todos ali acham
tudo fantástico e o buraco negro além da promoção, te engole mais uma vez. Seu
café com certeza era sem açúcar.
Buracos negros são fáceis de lidar, como se fosse um
vira-latas que de tanto brigar na rua acabasse por perder a visão. Ele tenta
sempre morder o pneu mas, sendo cego, não diferencia marca de carro.
Assim, se você nota que existe
um ser como o aqui descrito orbitando você não se faça de rogado: dê o sabor do
fusquinha, enquanto acaba de concretizar seu projeto Mercedes-Benz.
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