1 de nov. de 2010

Já chega?

Certo. As eleições finalmente consagraram dona Dilma como nossa nova presidente. Poderia ter sido José Serra, Marina ou até mesmo Plínio. O que interessa é que todos que puderam/quiseram encaminharam-se à urnas e ali fizeram sua opção. Lula fez seu sucessor e a única coisa que podemos esperar é que ela, Dilma, consiga fazer um governo com luz própria, independente e centrada. O resto, já é passado, embora possamos sempre relembrar tantos nomes comprometidos por esse passado, sempre que quisermos. Presidente Dilma, separe o joio do trigo antes de assumir. Chega de aloprados se fazendo de pobres coitados...

Existe um algo que parece passar despercebido dos militantes mais aguerridos: desde o governo Collor existe, no Brasil, uma linha de continuidade quanto aos programas de Governo. O que difere um governo dominado por um partido ou outro, são penduricalhos, na maioria das vezes com propósito sim de que o partido ou coligação seja bem visto pelo povo. Ou seja, desde anos atrás, há o propósito de se manter a inflação sob controle, de sustentar o Real como uma moeda saudável, de marcar o poste mundial. Se isso não foi alcançado até agora, é porque muitas vezes a política de grêmio estudantil que a cada dois anos ocupa as atenções dos eleitos suplanta o bom-senso em favor do povo de nosso país.

Acreditam mesmo que se Marina fosse eleita, sua política seria tão diferente da de Lula ou FHC? Impossível. Como todo filósofo de boteco sabe, na prática a teoria é outra. Existem as negociações, conchavos, distribuições de cargos, comuns a todos os governos e em qualquer nível. Se para se alcançar a indicação de um partido para buscar uma vaga na Câmara de Vereadores de seu município já depende de negociações internas, imaginem vocês o quanto rola pelos bastidores de nossa jovem política nacional. Os tais rabos presos, dossiês e etc são ficha limpa perto daquilo que suponho que aconteça.

Não recrimino quem se alia a seus pares para somar voz. Me sinto é ofendido por oponentes adulando-se mutuamente, como se não houvesse amanhã. Um alguém imprestável na campanha passada hoje defende com unhas e dentes o poder do amigo desta vez. Ridículo e baixo. Muitas vezes vendo na TV Collor falar bem de Lula, sinto a tal vergonha alheia. Entendem o ponto?

Política de grêmio estudantil. Os militantes, seja por meio de redes sociais ou na rua, estapeiam-se, defendendo alguém que julgam o melhor, o único e a opção real. Comportam-se como se fossem crianças birrentas, com ciúmes da professora de sua turma. Xingam-se, tomando como exemplo os sóbrios candidatos. Observam, dos outros, a vida sexual e a postura religiosa, como se isso fosse importante.

O cidadão brasileiro precisa aprender a ser...Cidadão! Estudar candidatos. Guardar a colinha da votação. Cobrar promessas de campanha. Fiscalizar!

Não há necessidade de ofensas pessoais e sim de vergonha na cara, algo que falta a alguns daqueles que servem ao povo. Nos tratam como se fossemos prostitutas do bordéu Brasil onde fodem-nos roubando, traficando influências, sobrepondo-se ao bem comum.

Boa sorte a dona Dilma, mesmo não sendo minha opção. Boa sorte a ela porque, diretamente, será sorte para todos nós, independente de partido.

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