22 de nov. de 2010

Entre a Horta e os Livros

Coisa que sempre gostei foi de legumes e verduras, para falar a verdade, as únicas coisas que detesto são: dobradinha, mocotó e quiabo, pois sinto nojo de ver. De resto, o que cair no prato, está valendo.
Verduras e legumes, gosto de qualquer maneira, crio receitas ( que nem sempre dão certo) e sou o tipo de pessoa que prefere um prato cheio de salada do que um prato de arroz. ( Para falar a verdade, eu não vejo graça em comer arroz).
Faz mais ou menos um mês, realizei o sonho de ter uma horta em casa. Senti no bolso a economia, levando em consideração que plantamos chás, além de frutas, legumes e verduras.Eu gastava por mês em torno de R$ 60,00 em chá, agora só gasto comprando gengibre, pois ele ainda não nasceu. Alface, pepino, moranga, couve-flor, repolho e couve temos aos montes e quem não comia salada aqui em casa, aprendeu a comer.
Falta crescer o tomate, beterraba, milho, mandioca, maçã, jabuticaba e cenoura para tudo ficar lindo e maravilhoso e o bolso folgar ainda mais. Além do bolso, gosto do fato de saber de onde meu alimento está vindo. Não é por nada, não... Mas existe muita diferença entre um legume comprado e um plantado, e a gente só sabe depois que tira da terra.
Pegamos gosto, por essa coisa toda de tirar do quintal o que se come, vamos evoluir para um galinheiro, logo, faremos economia em ovos já que não mataremos as galinhas, pois elas já tem pré-nome. (Estou tão empolgada com a possibilidade de ser totalmente auto-sustentável que já penso em cultivar uva para fazer meu próprio vinho!)
O bom também de ter horta e espaço no quintal é que o lixo orgânico vai direto para um buraco no solo, que vocês sabem... Vai se tornar adubo para a terra e é totalmente reaproveitado.
Quando mudei para essa casa, confesso que não levei em consideração todos os reais benefícios que a família teria. Em qualidade de vida, estamos ótimos e o trabalho rende mais fácil.
Já tinha realizado o sonho de ter minha própria editora e trabalhar com livros, o que honestamente faz a gente ralar mais do que ganhar, só que quando o trabalho é feito da melhor maneira possível, não existe motivo para reclamar. Trabalhar com livros, me fez entender o real "não" e o real "sim", consegui lidar mais com a negativa e ver dois lados da moeda bem distintos e pouco compreendidos para quem tem uma pressa absurda em opinar antes de saber do que realmente se trata.
E nessas idas e vindas a gente vê o quanto tudo muda ou tudo é fase. Pode parecer clichê ( e é clichê) mas quando eu era adolescente só pensava em ir morar sozinha em Porto Alegre, fazer faculdade  para sair do interior. Uma das minhas alegrias era saber que eu poderia comer Mc Donald's quando eu tivesse vontade e não só quando fosse viajar, já que em minha cidade não tinha a franquia.  E fiz! Mas agora, depois de estar na idade dos quase trinta eu só penso em sossego ao lado do David, trabalhar feliz e criar meu filho no ambiente mais legal e saudável possível! Não acho mais graça em comer Mc Donald's, pois sou uma criatura que gosta de se alimentar e acredito que não sou só eu, que tenho a impressão de estar comendo uma bolachinha recheada quando compra um hambúrguer, correto? (Hambúrguer bom é o que a gente faz em casa! )
Existe coisa mais boa que no final do dia, sentar e assistir um filme com o maridão ao lado, depois de um dia inteiro entre livros e horta? Não... Não existe. O meu paraíso é aqui!

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Lá no blog da Editora, tem aviso sobre a próxima Revista Cultural AQUI

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