Todos mentem, aumentam ou diminuem histórias. Mentem para agradar, mentem para desagradar ou simplesmente mentem pela covardia.
Todos já mentiram uma vez na vida... Duas, três, quatro ou cinco o importante é que mentir faz parte da vida. O que não deve acontecer é viver na mentira, que torna o ser um mentiroso convicto, não patológico mas sem vergonha na cara. O mentiroso tal qual o político não tem vergonha... A vergonha é só a alheia.
A mentira é tão ligada à fofoca que não se desgrudam; são unha e carne, espaguete e queijo ralado. Quando uma aparece a outra está junto: é a coceira na língua, a vontade do ouvido. Quem mente muito já é um fofoqueiro por natureza. Seus sentidos são resumidos. O ouvido pode ser grande, mas somente para escutar a parte que lhe convém -- o que desagrada é posto fora, enxotado do contexto.
A mentira é vício, tal qual o cigarro. Quem fuma defende o vício, mas não deve processar a indústria depois de adoecer, pois isso seria trair sua própria vida, sua convicção de fumante ativo. O mentiroso depois da mentira descoberta não deve culpar os outros... É feio, vira vexame.
Mentir um pouquinho não existe assim como desmentir rapidamente é um insulto... Um insulto à vítima da mentira, da história da carochinha.
Não existe ousadia na mentira. O que existe é a placa luminosa que indica a falta de emoção, a falta de vida, a vontade de parecer o que não se é, o ser sem ser, o fazer e não fazer.
Mentira também não tem nada a ver com imaginação. Não confunda, o mentiroso não tem imaginação, tem falta dela. Carece de ideias logicas, de verdade. O mentiroso não imagina, ele pega a vida dos outros e transforma em sua. Ele captura o que existe de melhor, pior, mais luminoso, estranho e fantástico e acopla em sua vontade de ser o que não é.
O mentiroso vai dizer que inglês é sua praia, que é culto, inteligente e provavelmente lhe faltou carinho. Ele já inventa uma mentira antes de acontecer o fato, se torna previsível e claro, todos são culpados.
O grande mentiroso pede desculpas, sua consecutiva grande mentira. Pede desculpas para aliviar a tensão, e voltar a mentir. Pede porque não sente muito, sente pouco... O suficiente para chorar pedindo desculpas e armar a língua para a próxima mancada.
A mentira não tem só a perna curta, tem a língua grande.
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Todos já mentiram uma vez na vida... Duas, três, quatro ou cinco o importante é que mentir faz parte da vida. O que não deve acontecer é viver na mentira, que torna o ser um mentiroso convicto, não patológico mas sem vergonha na cara. O mentiroso tal qual o político não tem vergonha... A vergonha é só a alheia.
A mentira é tão ligada à fofoca que não se desgrudam; são unha e carne, espaguete e queijo ralado. Quando uma aparece a outra está junto: é a coceira na língua, a vontade do ouvido. Quem mente muito já é um fofoqueiro por natureza. Seus sentidos são resumidos. O ouvido pode ser grande, mas somente para escutar a parte que lhe convém -- o que desagrada é posto fora, enxotado do contexto.
A mentira é vício, tal qual o cigarro. Quem fuma defende o vício, mas não deve processar a indústria depois de adoecer, pois isso seria trair sua própria vida, sua convicção de fumante ativo. O mentiroso depois da mentira descoberta não deve culpar os outros... É feio, vira vexame.
Mentir um pouquinho não existe assim como desmentir rapidamente é um insulto... Um insulto à vítima da mentira, da história da carochinha.
Não existe ousadia na mentira. O que existe é a placa luminosa que indica a falta de emoção, a falta de vida, a vontade de parecer o que não se é, o ser sem ser, o fazer e não fazer.
Mentira também não tem nada a ver com imaginação. Não confunda, o mentiroso não tem imaginação, tem falta dela. Carece de ideias logicas, de verdade. O mentiroso não imagina, ele pega a vida dos outros e transforma em sua. Ele captura o que existe de melhor, pior, mais luminoso, estranho e fantástico e acopla em sua vontade de ser o que não é.
O mentiroso vai dizer que inglês é sua praia, que é culto, inteligente e provavelmente lhe faltou carinho. Ele já inventa uma mentira antes de acontecer o fato, se torna previsível e claro, todos são culpados.
O grande mentiroso pede desculpas, sua consecutiva grande mentira. Pede desculpas para aliviar a tensão, e voltar a mentir. Pede porque não sente muito, sente pouco... O suficiente para chorar pedindo desculpas e armar a língua para a próxima mancada.
A mentira não tem só a perna curta, tem a língua grande.
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