Vamos fazer de conta que não existe mais hipocrisia e declarar que a partir de hoje o cultivo, a elaboração, a venda e o consumo de tabaco são ilegais.
Há tantos indícios de que o cigarro é um malefício tanto à saúde quanto aos bolsos do cidadão brasileiro que manter abertas as portas das grandes empresas e porteiras das pequenas propriedades familiares que do fumo tiram seu sustento é simplesmente ridículo. Danem-se produtores e suas famílias, danem-se empregados e famílias. Danem-se nervosinhos como eu que saem para comprar cigarro nem que seja inverno, na madrugada, com pouca gasolina no carro e chovendo.
Mas temos que aprofundar isso, pois hoje acordei com vontade de ser politicamente correto (e chato):
Como o álcool tem seu peso na criminalidade e nas mortes do trânsito, a partir de hoje só se planta cana de açucar com o propósito único de produzir... açúcar. Já que o combustível está mais caro que a gasolina, esqueçamos dele. Melhor, não vamos plantar mais cana de açucar, pois o açucar pode acabar provocando o coma diabético em algum desavisado.
Há também o problema do café. Infarto. Vamos queimar as lavouras de café, esse delicioso veneno que por anos foi nosso carro chefe nas exportações.
Chocolate não pode, engorda. Alface tem aquelas lagartinhas, me dão nojo. Bicho de goiaba não é goiaba, não senhor.
Petróleo! Estava me esquecendo do petróleo! E o efeito estufa hein? Foi-se nesse pensamento a Petrobras, Petrossal e até o posto da esquina. Poluem. Olha só, já que estamos querendo ser ecologicamente corretos (e chatos) melhor matar o gado, pois dizem que pum de vaca fura a camada de ozônio, aumentando nosso já problemático clima.
Neste ponto do texto já começo a pensar que o melhor seria que o tal Armagedon programado pelos maias para 2012 realmente desse as caras. O problema não são os produtos que o homem consome, mas o homem em si. Exterminemos os homens!
E quanto ao fumo, quando os Quatro cavaleiros do Apocalipse chegarem e o mundo terminar, quero meu cigarrinho antes. Direito de condenado.
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