5 de ago. de 2009

O meu lado da história


Democracia é um regime de governo onde o poder de tomar importantes decisões políticas está com os cidadãos (povo), direta ou indiretamente, por meio de representantes eleitos — forma mais usual. Uma democracia pode existir num sistema presidencialista ou parlamentarista, republicano ou monárquico.
As Democracias podem ser divididas em diferentes tipos, baseado em um número de distinções. A distinção mais importante acontece entre democracia direta (algumas vezes chamada "democracia pura"), onde o povo expressa a sua vontade por voto direto em cada assunto particular, e a democracia representativa (algumas vezes chamada "democracia indireta"), onde o povo expressa sua vontade através da eleição de representantes que tomam decisões em nome daqueles que os elegeram.
Outros itens importantes na democracia incluem exatamente quem é "o Povo", isto é, quem terá direito ao voto; como proteger os direitos de minorias contra a "tirania da maioria" e qual sistema deve ser usado para a eleição de representantes ou outros executivos

Em história recente, o Brasil - desde a saída da Ditadura Militar e a promulgação da nova Constituição em 1988 - é um país democrático e com Três Poderes bem definidos. Toda a nossa vida enquanto Nação e Pátria é regida pela Carta Magna, onde se estabelecem os fundamentos inquestionáveis de nosso sistema legal. Isso quer dizer que nada nem ninguém tem o direito de sobrepor qualquer ato ou atitude ao que ali está estabelecido.

Claro que o que escrevi acima é uma obviedade. Todo aluno da 4ª série (ou similar...não entendo mais a divisão de anos, séries e afins nas escolas) deve ou deveria saber disso.

Óbvio também é que, baseado em nossa Constituição, o direito de um cidadão em exercer um cargo público dos Três Poderes ao qual seja necessário alcançar certo número de votos diretos é inquestionável.

Participei de vários "Xô Sarney´s", "Fora Renan´s" e "Sai Lula´s" em minha vida, seja por meio da internet ou através do voto. Aí cabem duas explicações particulares:

1) O desempenho de blogagens coletivas, abaixo-assinados, discussões e afins é nulo. Querem fazer algum barulho? Ao menos passe um fax, o que obriga o aspone de algum membro do Legislativo a ler - ou ao menos tocar! - sua mensagem (ferramenta para fax gratuíto, direto de seu computador [aqui]). Preferencialmente use os Correios, com AR e Registro. Pois caríssimos, e-mail ninguém ou quase ninguém lê.

2) O voto é o único instrumento legal do Povo. Nada nem ninguém é superior ao voto. Sempre busquei votar naqueles que me parececem éticos e corretos, mesmo que depois se revelassem um fiasco total, mas mesmo assim estou em paz com minha consciência. Fui honesto comigo, com minha família e com aqueles que convivo quando dei a um determinado cidadão meu voto de confiança (geralmente traída depois), querendo um futuro melhor a todos.

Por quê agora querem a cabeça do Sarney? Porque é a bola da vez, como já foram tantos e tantos, que ainda estão ocupando ou retornaram para ocupar suas devidas cadeiras.

Pois bem, tentem ao menos seguir minha linha de raciocínio por alguns minutos e depois podem malhar ou ignorar:

No episódio sobre o qual escrevi [aqui] ontem, os envolvidos não debateram, mas sim digladiaram sobre corpos mortos. Nada do que se disse (ressalva ao Wellington Salgado) era novidade. Pensem bem em uma coisa: O Collor foi inocentado, o Renan foi inocentado, vários nunca foram sequer acusados. Por quem? Pelos próprios Senadores. Claro que entre amigos tudo se resolve com um tapinha nas costas e uma passada de mão nas devidas bundas (onde se encontram as carteiras, claro).

O que nós, Povo, ganhamos com a saída do Sarney? Primeiramente, saída de onde? Vocês querem que ele saia da presidência do Senado? Do Senado? Vejam as seguintes situações:

1) Sarney fica na Presidência: Ele será julgado pelo Conselho de Ética e PODE ter seu mandato cassado;
2) Licencia-se da Presidência: Mesma coisa. O Vice assume (Marcone Pirillo - PSDB/GO);
3) Renuncia à Presidência: Mesma coisa e a bancada indica um novo presidente;
4) Renuncia à Presidência e ao Senado: FICA LIVRE DE QUALQUER PROCESSO SEM ALTERAÇÃO DE SEUS DIREITOS POLÍTICOS!

Querem mudar alguma coisa? Vote certo. Ou nem apareça mais para votar e pague uma multa insignificante pelo não comparecimento. Quem sabe com mais de 51% de abstinência os Poderes se liguem de que algo anda errado?

Outra coisa que cabe aqui comentar, embora ninguém leia: o Povo gosta da pequenês das coisas. Mais vale falar sobre a Mônica do Renan do que da corrupção do Governo Lula.

Se querem fazer barulho pela internet, tudo bem. É bonito ver pessoas empenhadas em externar sua consciência política, mesmo que por meios duvidosos. Mas com todo pesar tenho que ser honesto e dizer que não vai adiantar nada.





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