5 de out. de 2009

É, sou contra!

De tempos em tempos, em algum dos meios que frequento (seja em game online ou no cara a cara), acabo vendo a discussão entre os favoráveis e contrários ao sistema de cotas. Eu já sou bem posicionado a respeito desse assunto desde muito tempo atrás: sou contra, desde que as cotas não sejam relativas às deficiências físicas.

Minha visão sobre a educação é um tanto complexa. Por exemplo, não acho que o Governo Federal devesse dispor vagas para estudantes que não sejam oriundos do Ensino Público. Papai e mamãe se esforçam a vida toda, pagando mensalidades em torno de R$750,00/mês para seus pimpolhos, o que lhes garante (em tese) um ensino infinitamente superior às escolas Estaduais e Municipais. Se optou por pagar os ensinos básico e médio, que invistam também na Universidade. Se todos matriculassem seus filhos em escolas públicas e ficassem em cima da direção da mesma maneira que fazem nas escolas particulares "porque eu estou pagando!", garanto que o ensino seria muito melhor.

Cota por raça também é incômodo. Cheira a racismo inverso. De fato, é também inscontitucional, pois onde se lê "para todos" deveria-se ler "às minorias", desde que essas minorias sejam qualquer uma que o cidadão de classe média não se enquandre (sim, pois rico sempre compra | mais aqui | o que quer, mesmo uma vaga na Universidade).

Desde muito tempo atrás bato na mesma tecla: deveríamos ser racionais e deixar esta geração que agora busca vaga nos cursos superiores de lado (posto que são semi alfabetizados mesmo, uma geração inteira perdida) e começarmos a destinar TODO o dinheiro destinado ao Ministério da Educação aos pequenos que estão entrando no pré primário. Assim, se garante que essa próxima geração terá ao menos uma chance de ter uma vida melhor. Essa geração que defendo, a próxima, é que iria realmente saber o que fazer no futuro. Investindo-se neles, pequenos ainda, e seguindo o investimento conforme o aluno passe de séries, é resultado garantido.

Minha geração é a culpada pelo que está aí: sobrevivemos a uma Ditadura que troçávamos e nos esforçamos pela Democracia. Minha geração pariu o Lula, um despreparado cuja única função durante anos foi ser candidato a alguma coisa e que já avisou: ler é chato e é melhor ver futebol. Minha geração é aquela que votou pelos malufs, sarneys, clodovils e collors.

Aceito e carrego a culpa por não ter agido mais, mas isso não me impede de tentar mudar o rumo das coisas.

Educação básica é necessária e urgente. Trará mais efeitos a longo prazo que formar 5.000 estudantes em cursos superiores que mal sabem escrever o próprio nome.

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